O mercado não tem dia de paz. Não é fácil quando se tem um Lula, vocês sabem, ele se recuperou das várias cirurgias que fez – sei lá quantas cirurgias ele fez, mas pelo menos saiu vivo, né? E aí, o pessoal criticando o mercado, dizendo que o mercado estava torcendo pela morte do Lula, e por aí vai. Muita crítica, mas teve um detalhe que as pessoas perceberam. O mercado percebeu, certamente: o Lula saiu das cirurgias muito falante, falou um monte de coisa. Criticou Bolsonaro, falou sobre isso, falou sobre aquilo, disse que ia resolver todos os problemas, e que agora a gente vai colher o que plantou… e por aí vai.
Uma coisa que ele não falou foi sobre defender o pacote de corte de gastos. Ou seja, o que ele falou foi que não está nem aí para esse pacote de corte de gastos. Isso alimenta a ideia que eu já falei para vocês: o Lula nunca teve interesse em aprovar esse pacote. O motivo pelo qual ele jogou isso para o Congresso é que ele não precisava dele para cortar gastos. Ele poderia, ele mesmo, fazer os cortes no governo, cortar as coisas que o governo tem para fazer, e simplesmente deixar para lá. Não precisava que o Congresso aprovasse o pacote de corte de gastos. Ele quis jogar para o Congresso porque queria que acontecesse exatamente o que está acontecendo agora.
O Flávio Dino não está brigando com o Congresso porque está atrapalhando o Lula, não é isso. O Flávio Dino está fazendo exatamente o que o Lula quer, impedindo que o Congresso vote o pacote de corte de gastos. O Lula não quer cortar gasto nenhum. Ele quer quebrar a economia do Brasil, é isso que o Lula quer. Vamos entender esse caso aqui, porque é isso que está todo mundo percebendo, inclusive os investidores. Hoje, o dólar disparou, mesmo com o Banco Central despejando dólares no mercado. Despejou, só hoje, 4,6 bilhões de dólares. E aí, é aquilo que eu falo para vocês: esse negócio de tentar segurar o preço do dólar não é para resolver o problema do Lula. É isso, gastar as nossas reservas de dólares para defender o real de um ataque especulativo. E isso é justo, é para isso que serve a reserva – para conter um eventual ataque especulativo.
Agora, quando é para conter a verborragia do Presidente da República, a verborragia do “pinguço” corrupto contra o próprio país, isso vai queimar as reservas rapidinho. Ah, mas o Brasil tem 300 bilhões de dólares em reservas. Sim, mas só hoje foram 4,6 bilhões. Essa reserva vai embora rapidinho, meu amigo.
Mas, do lado da economia, o pessoal do Antagonista coloca aqui: “O mercado não chora, o mercado não tá nem aí.” O mercado é um termômetro, né? E é verdade, o mercado é. As pessoas tendem a achar que o mercado é formado por pessoas com interesses próprios, mas não é isso. A economia, quando você pega um grande número de pessoas, cada uma com seu interesse próprio, acaba buscando algo definido. O mercado é assim. É o que eu falo: a curva da oferta e da demanda é sempre a mesma coisa. Você pode tratar isso como uma lei física. Esquece as pessoas por trás disso, porque qualquer pessoa vai acabar seguindo esse mesmo caminho, né?
O mercado estava comemorando quando o Lula piorava, por um motivo muito simples: o mercado já percebeu que o Lula não quer cortar gastos. E não cortar gastos nesse momento, com a dívida brasileira explodindo, é um suicídio econômico. É aquilo que eu falo para vocês: o Lula, quando tomou posse no terceiro mandato dele agora, não tinha mais o tempo que ele achava que tinha nos tempos do Lula 1 e Lula 2. No Lula 1 e Lula 2, o Lula foi devagar para implementar o comunismo, porque ele sabia que tinha muito tempo. “A gente vai devagarzinho, implementa as coisas aos poucos, uma hora a gente chega em Cuba.” Mas agora ele sabe que não tem mais esse tempo todo. E depois da cirurgia, ele percebeu que tem menos tempo ainda, porque sabe que é muito difícil se reeleger em 2026. E agora ele nem sabe se vai estar vivo até 2026. Então, ele está com pressa. Ele quer quebrar o Brasil rapidamente.
Uma coisa que chamou a atenção de todo mundo foi que, depois da cirurgia, ele falou um monte de coisas, deu entrevista para o Fantástico, fez coletiva de imprensa. Mas falou com A, falou com B, falou com C, falou com todo mundo, falou um monte de coisa, falou sobre o Braga Neto, falou sobre isso, falou sobre aquilo… Sabe o que ele não falou? Ele não defendeu o pacote de corte de gastos. Ou seja, ele não está nem aí para isso. A verdade é essa. A gente sabia disso, sempre foi assim.
Aqui, ó, mais do que isso: o Lula voltou a criticar o aumento de juros às vésperas da troca do comando do Banco Central. Vocês sabem que, ano que vem, assume o Galípolo, né? O Galípolo vai ser o novo presidente do Banco Central. O Galípolo é um cara técnico, um cara competente. A minha dúvida é o quanto ele vai ser sensível à pressão do PT. Porque, se ele for muito sensível à pressão do PT, a situação fica complicada. Para pensar: ele foi indicado pelo PT. Imagine que o PT tem agora interesse em derrubar o Galípolo. A oposição também vai querer derrubar o Galípolo, porque, já que ele está lá pelo PT, tem que derrubar ele também. Ou seja, ele vai ter uma certa fragilidade com relação às demandas do PT.
E o que eu temo nesse caso é que ele atenda justamente à demanda central, que é reduzir a taxa de juros. O Lula disse que o único problema do Brasil neste momento é a taxa de juros. Ele também falou que, nos próximos dois anos, vamos colher o que plantamos nos dois primeiros anos… algo assim.
Se a gente for colher agora o que plantamos nos dois primeiros anos, vai ser uma colheita maldita, e eu espero que isso não aconteça. Mas o que o Lula pode estar querendo dizer? O Lula sempre quis gastar dinheiro como se não houvesse amanhã. Essa sempre foi a ideia dele. Ele não se importa com a economia; mais do que não entender de economia, ele a menospreza. Ele acha que é uma coisa idiota, que sabe de tudo. É o mal de todo ditador burro: achar que tem todo o conhecimento necessário para gerir a sociedade de forma correta. Por isso, ele acredita no governo centralizado, em ordem centralizada. Todo comunista é burro nesse ponto.
Então, o que isso indica para o mercado? O Lula vai, quando o Galípolo assumir o comando do Banco Central, dar um jeito de baixar a taxa de juros. Como ele vai fazer isso, não sei. O Galípolo não deveria baixar a taxa de juros, mas e se o Lula tiver alguma arma contra ele? Ele pode simplesmente ameaçar tirar o Galípolo. Imagine o quão ruim seria isso para o Galípolo, porque a oposição não vai defendê-lo. Se o PT resolver tirar o Galípolo, vai tirar e colocar quem no lugar?
Isso está sinalizando para todo mundo que o Lula quer mesmo a irresponsabilidade fiscal. Ele quer inflação. O Presidente da República desistiu de garantir um horizonte mais favorável para a economia. A visão de todo mundo é essa. Eu já havia dito desde a eleição: o Lula vai vir para quebrar a economia. A economia vai quebrar, não tenha dúvida. Minha expectativa é que, até 2026, ele não consiga fazer coisas piores, como criar a guarda nacional, impedir eleições ou coisas desse tipo. Quebrar a economia, ele vai. Você pode ter certeza. Sente e espere que ele vai quebrar a economia.
O Haddad seguiu sozinho fazendo um apelo para que as medidas fiscais não fossem desidratadas pelo Congresso. Isso já dá uma dica de quão ruim é esse governo. De novo, o governo não precisava do Congresso. Ele poderia ter feito os cortes sozinho. Mas o Lula não quis. Ele quis jogar a responsabilidade para o Congresso por um único motivo: ele quer colocar a culpa no Congresso. O Lula sabe que ele não quer cortar gastos. Ele quer culpar alguém. Ele sabe que esse pacote de corte de gastos não vai dar em nada e vai acusar o Congresso de ter desidratado o pacote. A culpa vai ser do Congresso. Não, nós fizemos tudo direitinho, queríamos cortar gastos, mas o Congresso não ajudou.
Se fosse o Congresso, simplesmente não aprovaria isso. Porque, de novo, não é preciso do Congresso para fazer corte de gastos. O Lula pode fazer isso sozinho. Essa é uma tarefa dele. Ele que deveria ter feito o corte lá no governo, não deveria ter passado nada para o Congresso ou para o Judiciário.
O que está todo mundo olhando é que parece que finalmente o pessoal do mercado, que sempre esteve tão otimista, está começando a perceber a realidade. Eu sinceramente fiquei decepcionado, porque eu já falava isso em 2022, que o Lula ia fazer esse tipo de coisa. Mas agora, finalmente, o estrangeiro, que ainda olhava para o Brasil com otimismo, jogou a toalha após o pacote fiscal, como disse um economista do Goldman Sachs. Sinceramente, estou achando esse pessoal muito burro. Nunca mais vou ter confiança em deixar meu dinheiro em banco no Brasil, aliás, nem em lugar nenhum do mundo para investimento. Só vou investir em Bitcoin daqui para frente ou em bancos que trabalham com Bitcoin, porque esses bancos tradicionais… Cambada de gente burra.
Uma coisa que eu falei em 2022, só agora que eles estão percebendo: o Lula é um idiota gastador que quer implantar o comunismo no Brasil. A gente já avisava isso desde 2022. Pois bem, o que aconteceu hoje foi justamente isso: o dólar subiu firme, com o fiscal no radar, mesmo após o leilão extra do Banco Central. O Banco Central decidiu vender dólar e vendeu bastante. Mesmo assim, o dólar continuou subindo. Chegou a R$ 6,03, subindo para R$ 6,90. O Banco Central interveio no mercado em meio à escalada do dólar, mas a moeda continuou em alta. O Banco Central fez dois leilões pela manhã, vendendo R$ 4,6 bilhões, e ainda assim o dólar continuou subindo. É o que eu falo para vocês: para que serve essa reserva?
A gente tem uma reserva tranquila de 300 bilhões de dólares, o que é uma boa reserva para o Brasil. Felizmente, isso é uma conquista, principalmente dos governos de Fernando Henrique, Temer e Bolsonaro. Mas essa reserva serve justamente para o caso de um ataque contra a moeda. O que é um ataque contra a moeda? Quando o investidor estrangeiro percebe que um país está com uma moeda frágil, ele pode tentar atacar a moeda. Foi isso que o Jorge Soros fez contra a libra esterlina em 1992, quando ganhou 1 bilhão de libras esterlinas com um ataque fantástico. Ele começa a vender a moeda a um grande preço, enquanto o governo tenta comprar para manter o valor. O governo acaba gastando uma fortuna absurda e não consegue manter o preço. Quando a moeda cai, o investidor realiza o ganho e fica milionário.
É fácil fazer esse tipo de ataque se você tiver muito dinheiro. O Jorge Soros pegou bilhões de dólares emprestados para isso, o que requer muita coragem. É como pegar bilhões de dólares emprestados para fazer uma aposta, e no caso dele, a aposta deu certo, tanto que ele ganhou muito mais do que isso.
O Brasil já sofreu esse tipo de ataque no passado, quando não tinha muitas reservas. Agora, ele tem reservas suficientes. Se alguém tentar fazer um ataque desse tipo, o Brasil tem reservas para manter o valor da moeda, o que torna a situação mais fácil de resolver. No entanto, o problema é o seguinte: isso serve para resolver um ataque, mas a questão é que, quando se trata de um ataque financeiro, quem tem mais dinheiro acaba ganhando. Se um investidor conseguir reunir mais de 400 bilhões de dólares para fazer um ataque contra o Brasil, ele pode quebrar o país do mesmo jeito, quebrar a moeda e ganhar muito dinheiro com isso.
Ou seja, o desafio é ter mais dinheiro do que todos os milionários que poderiam tentar fazer esse tipo de ataque. Algumas pessoas podem dizer: “Ah, mas o Elon Musk tem trilhões de dólares, então ele poderia fazer um ataque contra o Brasil.” Mas o Elon Musk não tem esse dinheiro todo de forma líquida. Ele tem ações, e se ele começasse a vender as ações da Tesla para fazer esse tipo de ataque, o valor das ações cairia. Portanto, ele não tem o dinheiro necessário para isso.
400 bilhões de dólares é muito dinheiro. Pouquíssimas pessoas no mundo têm esse valor guardado em conta, prontas para fazer um ataque desse tipo. E é por isso que o Brasil está seguro, pelo menos em um eventual ataque especulativo contra a moeda. Com essa reserva, o país consegue manter a estabilidade da moeda. O grande risco ocorre quando não há um ataque especulativo, mas sim um movimento normal do mercado.
Ou seja, pessoas que percebem que o Brasil está perdendo dinheiro e que o país está entrando em uma crise fiscal podem decidir retirar seu dinheiro. Embora isso não seja um ataque coordenado, não é um pequeno grupo fazendo isso, mas sim um grande número de pessoas tomando a mesma decisão. Quando o Banco Central tenta conter esse movimento, ele acaba gastando dinheiro e não consegue impedir, porque a soma do dinheiro dessas pessoas todas é maior do que o que o Banco Central tem disponível.
Foi exatamente o que aconteceu hoje, quando o Banco Central gastou em poucas horas 4,6 bilhões de dólares. O Brasil tem 300 bilhões de dólares de reserva, o que é tranquilo, mas se o Banco Central continuar gastando 4, 5 ou até 6 bilhões de dólares por dia, a situação muda. Esses 300 bilhões de dólares não duram muito tempo assim, e podem acabar em menos de um ano. E o pior é que, se o Brasil tiver uma reserva baixa, investidores como Jorge Soros vão perceber a fragilidade e tentar fazer um ataque especulativo contra o país, ganhando dinheiro com isso.
Com uma reserva baixa, o Brasil se torna vulnerável, e nós, que temos patrimônio em reais, vamos pagar o preço. O Banco Central está entrando numa armadilha ao tentar segurar o valor do dólar por causa das más decisões do governo Lula. O Lula já deixou claro que não está nem aí para a economia, e seu objetivo parece ser quebrar a economia para tentar implantar o comunismo, que é o que ele deseja desde o início.
O dólar subiu mesmo com a maior intervenção do Banco Central desde 2020, quando foram gastos 5 bilhões de dólares. Embora isso seja uma fração da reserva, o Banco Central não conseguiu conter a alta. Se continuar nessa insistência, a reserva vai ser dilapidada, e não vai resolver nada. Além disso, o JP Morgan mudou sua recomendação de comprar títulos do Brasil para comprar da África do Sul. Você sabe que a África do Sul está enfrentando uma crise econômica grave, com até blackouts no país por falta de energia elétrica. A situação lá é crítica, e o Brasil está caminhando para o mesmo caminho.
Por quê? Porque o Brasil está caminhando para a inflação, e o Lula pode ter a ideia de baixar a taxa de juros na marra. Se isso acontecer, meu amigo, vamos viver uma repetição dos anos 80. A década perdida vai se repetir, 40 anos depois. E que tristeza, voltamos 40 anos no passado por causa dessa idiotice de quem achou que era uma boa ideia fazer o que está sendo feito. Vamos pagar caro por isso.